A Terra muda Tudo mudam Todos...

Friday, November 23, 2007

O tempo e o TEMPO*

O passado é relembrado
Entre medo sem prazer
O presente a gente sente
Entre os dedos escorrer...
O futuro é uma constante
Ameaça em cada instante que passa
É um escuro que se ascende
E que transcende o meu querer.

Mas a planta que a gente planta
Dá o fruto que a gente colhe
E o canto que a gente canta
Tem o tom que a gente escolhe

O passado é perdoado
Se o perdão se pede ao Pai
O presente de repente
Passa e não dá medo mais
O porvir um canto inteiro de esperança
E enquanto o ponteiro avança
É sentir que lá de cima
Se aproxima eterna Paz

Mas a planta que a gente planta
Dá o fruto que a gente colhe
E o canto que a gente canta
Tem o tom que a gente escolhe



* Ganhei esta música de presente de aniversário. O autor da Música e da letra é Wolô (Wlodimir Moruzelwsky). Disseram-me ser do "milênio" passado. Para mim, é do aqui e do agora! Para mim, é divinal pois foi som celestial tocando diretamente em meu coração. Ganhei também as fotos, que vieram do coração de minha amiga para o meu coração! Amo meus amigos! Presentes de Deus em minha vida...

Wednesday, November 21, 2007

ARES, CORES, PALAVRAS...

Não sabia para onde olhar. Pensava até mesmo em procurar por aquele derradeiro cigarro do qual não dera notícia, como sinceramente falara.

Sabia que a semana correria lenta, abafada, amarela de ares esquisitos, nuvens incertas e cores opacas. Lembrara do livro que não terminara: suas expressões, sua narrativa poética e as verdades contidas em suas páginas. Poderia ver com os próprios olhos imaginários cada pedaço de terra, de vegetação, de riso e choro daquelas vidas.

Pensara nas pessoas com quem não falava há muitas semanas - ou meses! Forte em seu peito a certeza do sentimento, da amizade, da solidariedade sincera para com cada um, e que lhe chegava em reciprocidade de palavras carinhosas.

Parara de novo e refletia: "palavras". Como aquele par de aves que vinham e iam a busca dos gravetos para um provável ninho. Ninho: palavra doce. Acolhedora. Seu ninho era somente para si. Eventualmente uma companhia, que rompia o silêncio e o sono. Trazia um pouco de ânimo para aquele refúgio fresco e pálido.

De onde traria cor para aquele pedaço de seu dia? Como administraria uma rotina tão desejada e tão distante? Em que agenda, em que tabela marcaria os passeios, os cinemas, as caminhadas, e em que ritmo suaria a camisa por quem lhe alertara poucos dias antes da importância de se priorizar somente o realmente importante?

Chegara em meio tempo à crise de qualquer espécie? Sentia o dia como o último e era ainda o terceiro na mais forte luz do verão antecipado. Policiaria-se quanto às memórias: somente o que lhe der esperança.

A visita do final de semana.