Friday, February 02, 2007

QUE SERÁ DE NOSSAS VIDAS?

Sabe? Ela estava lá, sentada, desconcentrada... Olhava pela janela, procurava um lugar onde poderia encontrá-lo. Não achou. Via carros indo, vindo, uma movimentação gigantesca. O céu, cinza; o ar, embaçado de poluição.

Seu olhar parou naquela construção esguiamente achatada, cor de tijolo. Lembrava do familiar logotipo verde destacado no topo do prédio. Na véspera, saíra de um lugar como aquele, e tentava rever mentalmente tudo que lhe acontecera nos últimos dias.

Ao mesmo tempo, queria pensar nada. Lembrava-se de uma das conclusões a que chegara nestes dias: parou de viver no passado e o presente lhe era um presente agradável desde os últimos meses.

O futuro, porém, era ainda o que não conseguia avistar. Este mesmo futuro fazia-lhe evitar o exercício de pensar.

Distraiu-se enfim com a música cantarolada momentos antes, naquele saguão.

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