Tuesday, November 21, 2006

NUM DADO MOMENTO

Não tinha esperanças, pensava ser um caso perdido! Não há soluções, nada que resolva! Acreditava mesmo ser sua sina sofrer da insônia. E ria, depois daquela mensagem e daquele telefonema àquela hora da madrugada. Já era quase dia e trocava idéias e opiniões com a colega de trabalho. De um lado da linha a excitação e ansiedade pelo trabalho ao qual tanto tempo, energia, talento e dedicação foram doados e do outro lado a ansiedade por causa de mais uma noite insone sem motivos aparentes. Mas sabia que isso não era verdade. Sabia, bem lá no seu íntimo, que havia, sim, uma razão que pudesse explicá-la.

O que realmente lhe agradou, todavia, foi que junto à mensagem e ao telefonema, chegou-lhe uma foto. Constava agregada uma gravação. Não conseguiu ouvir o que dizia, ainda assim contemplou por longos minutos aquele olhar sensível e que dia-a-dia vinha se tornando conhecido e querido mais e mais.

No outro telefone o sinal apita. Nova mensagem. “Ora, ora... É madrugada de se ficar acordado”, pensou. E continuando falando consigo: “Hoje o dia promete: muitos bocejos, desconcentração e cansaço”. A contar pelo colorido da foto e serenidade do olhar, valerá cada minuto do dia em que esforçará para se manter atenta e trabalhando com a disposição de quem dormira a noite toda!

Se tê-lo distante era estranho, tê-lo no coração e com tanta atenção carinhosa afetou-lhe como um sonífero dos fortes. Mais uma vez riu e deitando só conseguia pensar sorrindo “num dado momento não tão longínquo...”.

1 Comments:

Blogger mg6es said...

Ô, querida, pode sim! Saudades, bjsss

4:15 PM  

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