SERENIDADE X VENENO

Sabe o que me deixa mesmo irritada, raivosa, exaltada? A falta de lógica numa situação em que esteja discutindo com outra pessoa sobre o seu e o meu pontos de vista - dois diferentes, distintos, e corretos. Porém, nem eu e nem a outra pessoa nos dispomos a assumir o que sabemos: o ponto de vista do outro não é errado, apenas diferente. E então a discussão calorosa se estende por minutos a fio quando, afinal, aproxima-se uma terceira pessoa que indaga sobre o que se passa e uma meu interlocutor diz que não há nada de mais, e que eu estou "um pouco" alterada...

Ora, ambos estávamos alterados – e não há erros nisto, afinal, somos humanos. Agora, dizer que eu estava alterada quando na verdade foi da outra pessoa que saíram várias atitudes de “impaciência”, já vai grande diferença...

Como sou de inteligência pouca, e o assunto bastante técnico, o natural seria que o maior e mais sábio se curvasse ao encontro do menor e ignorante, a fim de ajudá-lo a subir um degrauzinho a mais em conhecimento e entendimento. Porém, querer que eu, com toda minha limitação, alcance o ápice da sua esmerada e suprema sabedoria e expertise... É querer demais! O impossível só cabe a Deus, não a mim, pobre mortal.

Estou ofendida, chateada, e com dor de cabeça: desejo o grande sucesso da idéia, e a plena realização dos planos. Aplaudir-lhes-ei com prazer e alegria. Como espectadora e fiel torcedora, não como participante do processo. Não há dinheiro que pague minha paz e serenidade. Por isto trabalho em rádio, e não com venenos. Minha burrice é muita para este, porém para a rádio é mais condizente (eis meu pai como prova cabal desta afimação).

P.S.: Q D M P.