A Terra muda Tudo mudam Todos...

Saturday, January 26, 2008

MUDANÇA EM PALAVRAS

Ai, meu Jisuizim Cristim!!! Eu falei que ia mudar o estilo das minhas postagens. Mas não consiiiiiiiiiigo! E agora tô aqui, tentando conseguir pensar e escrever o que penso. Deve de ser por isto que só consigo escrever do jeito que tenho escrito até hoje. Aqui no blog.

Deixa eu começar do começo dele. Eu o fiz sozinha, e ele ficou a minha cara! Decidi que não ia fazer mais podresia, salvo algumas exceções e cumpri isso até agora. Não imaginava que ousaria, entretanto, postar tanta lenga-lenga! ‘Inda mais nos últimos tempos, quando me falta tudo menos trabalho – Graaaaaaças a Deus!

E já estava mesmo cansadinha da aparência do blog, e tentei mudá-lo. Pra não negar minha raça, resistente a mudanças (embora afirmativamente hábil para me adaptar a elas), não encontrei um tamplate que me agradasse visualmente mais do que o atual. Procurei então mudar apenas umas corzinhas de fundo e tal. Não consegui. Daí, resolvi que poderia variar as imagens da coluna lateral.

Funcionou (pelo menos pra mim!). Achei até boa idéia mudar o “nome” do blog. Digo, não mudei, apenas fiz uma variação do tema. E aconteceu toda a mudança que aqui se vê. A não ser pelo post anterior, que acabou saindo na mesma linha que vim adotando – ou automaticamente exercitando – até aqui.

Por que o desejo de mudar isto? Iiiiihhhh! Já estou sendo prolixa nas idéias... IDÉIAS. Isto me faz bem. Idéias que vêm em palavras pensadas, escritas e/ou faladas. Idéias me alimentam. É disto que gosto. E mais ainda de idéias que se tornam reais.

De repente, num dia chuvoso e frescamente cinza, liguei música, computador e fui passear em boas companhias. Delas parti para desconhecidas e cheguei em dois casais que gostei demais. Nada a ver com nada, aparentemente, todavia certamente afins. E eu os adorei. Especialmente as mulheres – os homens que me perdoem, mas inteligência é fundamental e cabeça de mulher é mais eficiente, já que não temos que dividir aquela entre duas dessas.

Mas... Oncovô com essa ladainha toda?

Música realmente interfere no ambiente. Centenas de discos não sendo ouvidos. A partir de hoje serão. Não sei qual critério usarei para ouvi-los, nem imagino o que me aguarda de humor que me trarão, mas que eu vou ouvir muitos deles, ah... Isso vou, sim!

Bem, deixa eu tentar voltar no ponto que quero (se é que sei o que quero!!!). É o seguinte: eu tenho que ficar muito esperta, tentar matar totalmente a ingenuidade que há dentro de mim porque as palavras, quando utilizadas com inteligência e criatividade, me encantam, enfeitiçam, dominam, seduzem.

Por palavras apaixono-me, surpreendo-me, sensibilizo meu coração, envolvo minha mente, atiço minha curiosidade... Por elas viajo, danço, canto, choro, sonho. Com elas vivo, trabalho, negocio, cresço. Delas alimento minha mente, minha alma, minhas emoções. Sem elas definho, entristeço-me, irrito-me. E algumas vezes palavras me (auto) apunhalam. Definitivamente eu AMO as palavras. É isto. Amo palavras, idéias, vida com água e ar, terra sem fogo.

Tá bom... Meu pensamento interrompeu-se. Não sai mais nada. Vou cantar e dançar. Boa noite!


P.S.: Ih! Esqueci de falar do meu “romantismo”!!! Noutra hora falo disso.

SACIEDADE

Saiu à tarde a buscar saciedade para uma sede e fome de conhecimento conjugado ao sentimento e novos ares. Incrédula de que alcançaria tal intento. Como encontrar o que ansiava – o desconhecido, novas descobertas enfim, novas experiência – onde já vira tudo e as mesmas pessoas estavam ao seu redor?

Pesara sobre sua consciência a cobrança de que fora sua falha, somente sua, não se ter inteirado de todos os detalhes da situação que lhe fizera mudar os rumos de sua vida há poucos meses atrás.

Ao adentrar aquele lugar, vendo sobre a insignificante mesa o guia estrangeiro, cujo destino lhe era sempre uma profusa aspiração, quase que fanática, ainda mais intensa lhe fazia a carga da consciência. “Lá certamente fartar-me-ia em todos os desejos e quereres”.

Pousou a bolsa sobre o encosto da cadeira e ali se aconchegou com os volumes sobre as pernas. Aleatoriamente, escolheu um deles para usufruir o tempo indeterminado que tinha para permanecer ali. Respirou aliviada por ter optado em não usar aqueles cartões dourados. Sabia que, se os portasse naquela tarde, fatalmente utilizá-los-ia.

Para sua surpresa, em poucos instantes, quando mergulhava em concentração na perspectiva de suprir sua sede ou fome – acreditava que ambas não seria capaz, já que impossibilitada de ausentar-se por mais de um dia inteiro – foi interrompida e precisou retornar ao aconchego de seu refúgio quase tão secreto. “Pelo menos as visitas aqui são raras e seletíssimas!”.

Olhou ao redor, organizou alguns pertences, atualizou-se, admirada, de que por algum motivo espetacularmente desconhecido, más notícias foram amenizadas pelo otimismo daquele canal. Apática e automaticamente conectou-se e sem saber porquê, chegou até aquelas palavras.

Instintivamente, sorvia-as convulsivamente, faminta e sedenta que estava. Não compreendia ainda que ali, sem precisar mover-se de um palmo de altura assento, encontrou o alimento completo – sólido e líquido, comida e bebida, aroma e sabor – que procurara e não encontrara antes.

Novamente incrédula, depois de manter-se no silêncio que instalara em toda vizinhança, como que providencial, só pôde pensar no novo desejo que aflorara: queria fundir-se àquelas palavras, e todas as incontáveis que dali brotam incessante e profusamente, como nunca antes desejou-as todas consigo, em todas as formas e de todas as maneiras. No âmago de seu ser avolumava-se a terrível carência de palavras, privação de dilatar-se no cosmo.

E concluiu que assim como com palavras sacia sua sede e sua fome, também com elas provoca-as imensamente, simultaneamente.

Friday, January 25, 2008

UM CHEIRO DE INFÂNCIA

Incrível: depois de décadas ela entrou naquela sala e sentiu o mesmo cheiro, familiar. Pediu licença e abriu a porta da sala vizinha. Sim, é o mesmo cheiro. Naquele interior envolvido de fresco abundava a alta temperatura.

Não havia diferença entre o agora e o passado. O tamanho da máquina provavelmente era o mesmo, o que mudou foi o seu tamanho. Lembrava das pedrinhas que jogava no chão, sentada, enquanto perto de si os dois homens agachados labutavam, suavam, molhavam a camisa, por horas e horas, até encontrar – ou não – onde estava o problema e qual a solução para aquela caixa de metal cinza, que nunca parava de exalar seu calor.

Não lembrava de poeira no passado. Antagonicamente, foi no presente que a encontrou. A idade também era diferente: um bebê recém-nascido no passado, e hoje se deparando com um ser de terceira-idade. Este, cheio de remendos, costuras, muitas partes ressecadas pela passagem dos anos, pelo descuido de seus responsáveis, pela crueldade dos avanços que não lhe contemplaram.

Era o sofrimento nos ponteiros que recusavam-se a levantar. As forças jaziam, as dificuldades, os desgastes, a vida útil passaram. "Não haveria remédio?", ela pensou. Entretanto, o som que ouvia emitido não era de agonia, e sim de uma braveza como que em sinal gritante de que ainda tinha seu orgulho e honra em plena carga! Contemplou-o languida e derradeiramente com um olhar compassivo antes de se retirar.

Em poucos instantes tocava o telefone e uma voz avisava: "Tenho alguém com uma peça que precisamos, porém não é nova".

Pensou no custo, na responsabilidade, na decisão que precisa tomar. Lembrou-se de um dos homens que agachado consertava, e conserta até hoje: “É a ele que vou recorrer para encontrar a solução”.

Monday, January 21, 2008

BOAS COMPANHIAS

Adoro boas companhias... Estar entre elas é muito bom! E melhor ainda é quando em companhia de algumas boas companhias mais especiais me dá uma vontade tão grande de abraçar, de olhar nos "zói" e sorrir, e ver os dentes escancarados na boca...

Mas a distância não deixa. Então, recordo-me do italiano super-hiper-plus-extra-mega "cabeça", e com meus abraços escritos alcanço até onde meus braços não chegam!

As companhias são tão boas, tão boas!, que dá vontade de colocar aqui o blog de cada uma delas ao invés deste meu tão pobrinho de idéias e inspirações.

(Porém abatalhoado de sonhos que não tenho coragem de expressar, e desejos que desejo para meus amigos, boas companhias sempre!)

Saturday, January 12, 2008

FANTASMA

Bem que a tempestade se aproximava. Eu afirmei que ela passa, e eu cresço. Ah, mas que dolorido crescimento! Crescer dói, amar dói: viver dói. E de repente, o FantaSma que apareceu.

Não! O FantaSma já estava lá e os olhos não o perceberam. FantaSma convidado que sempre é um penetra. FantaSma convidado, que assusta, atormenta. Aparece aonde não tem espaço para ele, e insistentemente quer participar de uma parte.

Há tempos usou o pé pra sair e de repente com as mãos no celular quer entrar novamente pra dentro de uma relação que, agora, não mais é sua. Não há permissão para si, FantaSma. Não o deixo, não o quero e não mais o respeito. Faça-me crer que merece meu respeito, desaparecendo dessa propriedade que não te pertence - mais.

Não ande pra trás. Ao contrário, avance para o próximo, pois o seu passado é pra si isto, e pra mim presente e futuro, e se não quis viver o bem, agora não prejudique quem merece este bem que você chutou, descartou e machucou...

Reconheça que eu tomei em minhas mãos pra cuidar a preciosidade que você não valorizou. Se um dia você amou, acabou*.

Hoje quem ama sou eu. Graças a Deus - que espanta todos os meus fantasmas...


* A não ser que eu esteja equivocada!